quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Confesso


Que eu sou noveleira, não é novidade alguma.

O que não andei espalhando foi que, além das novelas globais, agora também me viciei em Escrava Mãe, da Record. Adoro a novela, eu confesso.
Pedro Carvalho, o Miguel de Escrava Mãe
O portuguesinho, representado pelo ator Pedro Carvalho (ao lado), é lindinho demais.


Adoro as roupas, a história, e os atores são ótimos (99% ex-globais, vale salientar). O registro linguístico foi bem respeitado, embora com alguns deslizes. A produção também é boa, principalmente se comparada à produção nível Chapolin, da novela que a segue.
Claro que Escrava Mãe mostra de uma maneira light, bem light, a mazela que foi a escravidão no Brasil, mas ainda assim me faz refletir sobre minha família e a influência que sofri, na educação, por vir de uma família de antigos donos de engenho pelo lado materno. Influência muito negativa, vale salientar.
Além de diversão e de me faz refletir, a novela tem me feito voltar a ler sobre nossa história.
Quero comentar mais umas coisinhas sobre a novela, mas isso será feito em outros posts separadamente.
Enfim, queria fazer esta confissão e compartilhar mais um pequeno prazer novelístico :D

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O primeiro mês de Amor à Vida

Faz pouco mais de 1 mês que a Amor à Vida começou, mas só no capítulo em que o Félix-bicha-má abre seu coração e conta à Edith o que fez com a sobrinha é que a novela realmente começou, para mim. Ainda assim, aquele casal protagonista é chato, mas tão chato que às vezes eu deixo só a voz rolando e fico no facebook ou respondendo e-mails para passar o tempo de uma forma mais divertida.
Como eu odeio esse tipo de personagem que jura que escondendo as coisas mais impossíveis de serem escondidas, como um filho, um assassinato e afins, vão resolver todos os problemas de suas vidas. A Paloma é esse tipinho que fica fingindo e jurando que vai conseguir tomar a filha que o cara criou e ama, só porque a carregou na barriga durante 9 meses escondida da família, e a pariu num bar de quinta e depois apagou e nunca mais viu o rastro da menina. Essa guria não faz nada certo e esse arzinho de mocinha chata me enche o saco.
O hippie piolhento do Ninho também me enche com esse discursinho de antanho - "Querem me obrigar a ser burguês.". Ah, é, bonitinho, e tu pagas tua comida no mercado com boas vibrações e energia positiva? Agora, o cara que nem queria ter filho, resolve ficar emocionado por descobrir ser pai da Paulinha. Ai, ai...Mas a parte que mais gostei em uma das cenas dele da semana foi quando o Bruno o viu e disse:
"Esse cara vai vir aqui todo dia? - Esse cara não! Eu sou o Ninho!" kkkkkkkkkkkk Foi tão ridículo e ele pareceu tão retardado que deu crise de riso.
Vejam a cena aqui. Ela começa no 01:11.
O Bruno, tadinho, até onde vai a idiotice dele? É tão bonzinho e puro de coração que dá tédio. Não dá pra ninguém aceitar que a noiva evite beijá-lo 2.579 vezes e ele ache que está tudo bem, né? Quero só ver até onde ele vai achar que tudo é fruto do stress e do cansaço da cirurgia...
Casal que adoro: Michel e Patrícia. Aliás, não é mais casal, né? hahaha Vamos ver até quando ele vai ficar magoado e enxotando-a. Adoro a química e aquela tensão entre os dois. Espero que ela não tenha mesmo cagado tudo com aquela pirralhice de namorado falso.
O Tales - ai, Tales, vem escrever teu romance aqui em casa, vem! O ar de Jerusalém é tão puro e eu moro num lugar bem mais sossegado que esse teu ap de frente pro Minhocão! Concordo com sua recusa em casar com a milionária linda e solitária, mas não entendo como ele ainda não se apaixonou por ela. Tudo bem que a Leila é linda, etc, mas ele é tão sensível e combina muito mais com a Nicole, que o ama desde que o viu pela primeira vez, que não entendo como o sentimento não nasceu nele ainda. Acho que ele termina se casando com a Nicole, se apaixona por ela, consegue curá-la com seu amor, e ele dá o pé na mau caráter da Leila, que fica pobre e sozinha.
Quem aposta que a Bernarda e o Dr. Lutero vão viver um romance? EU!!!! Estou torcendo por isso.
Para terminar, um personagem que tem me deixado muito intrigada: a secretária Aline. Qual é a dela, hein? É sugar o coroa rico que ainda jura que dá um caldo? É roubá-lo da Pilar e virar a esposa dondoca de marido rico? Não, ela tem algo mais que isso. Acho que ela quer se vingar dele, um daqueles acertos de contas estilo Revenge. Minha intuição noveleira me diz que ela é filha de algum(a) paciente que ele prejudicou, ou filha de alguma mulher que ele sacaneou no passado, algo do tipo. Ela é muito estranha e faz tudo muito planejadinho. Estou louca que o Félix-bicha-má descubra que é ela a amante do sei paizão hehehe
Quero falar da barriga de aluguel e do Johnathan, mas isso rende outros textos.
Agora tenho que ver o capítulo dessa quinta-feira :D
Até breve!

Dr. César e sua moral e bons costumes

Eis-me aqui de novo falando do Dr. César. É que agora estão começando a cair certas fichas sobre esse personagem.
 No começo da novela achei que ele seria como o Raul de Insensato Coração - um homem correto, muito honesto e que não abria mão de seus valores nem sob risco de perder tudo o que tinha. Além disso, ele conhecia muito bem o filho crápula que tinha e sua intuição aguçada sempre descobria quando o Léo estava metido em alguma coisa suja.
O César, no entanto, é muito diferente. O cara trai a mulher no passado e no presente, trouxe a filha de uma pulada de cerca para ser criada pela sua mulher (uma amélia burra), é tão homofóbico a ponto de comprar uma mulher para esconder a homossexualidade do próprio filho, e se minha intuição noveleira está correta, é ele o pai do Johnathan, ou seja, seu neto. Isso significa que ele passou o rodo e cala a boca de todo mundo com dinheiro. E não consegue suspeitar do mau caráter do Félix (odeio personagem sem intuição).
Mas isso não é importante. O que realmente importa é que ele é contra o aborto, pois é um homem ético, cristão e que respeita a moral e os bons costumes.
Adoro!!!!

sábado, 8 de junho de 2013

Amor à vida de quem? - parte 2


Achei fantástico o artigo da Cláudia Laitano (ver postagem anterior), e há exatamente quatro dias traduzi uma palestra em que uma das coisas que a palestrante mais frisou foi a separação entre as convicções e crenças do profissional de saúde e o seu dever como profissional. Uma pessoa, quer seja médico, enfermeiro, assistente social, etc, que trabalha com serviços de saúde não pode JAMAIS sair dando sermão e usar suas convicções e crenças para justificar negar ajuda a alguém. Muito menos é seu dever julgar quem procura ajuda. No caso da palestra se falava dos adolescentes na África (mas no Brasil não é diferente) que muitas vezes chegam a um posto de saúde para pedir conselhos sobre como evitar gravidez e o prestador de serviço manda um "Mas você lá tem idade pra transar? Tenha vergonha nessa cara!". Resultado, nunca mais esse/a adolescente volta ao posto de saúde, transa sem camisinha, pega uma doença, ou engravida com 15 anos, etc, etc. Tudo poderia ser evitado se o profissional não tivesse dado vez e voz a seus julgamentos desimportantes.

Outro dia eu comentei com uns amigos sobre como nos anos 80 os programas brasileiros mais diversos eram tão mais legais, mais abertos, menos politicamente corretos, menos cheios de satisfações a dar a igrejas podres. Onde está esse Brasil? Esse discursinho de moral e bons costumes não combina com o caráter irreverente e criativo do brasileiro. A igreja católica perdeu seu terreno para o Talibã Brasileiro, ou seja os evangélicos, que com sua ignorância profunda podem transformar o Brasil num lugar insuportável de se viver.
Espero estar errada.

Está na hora dessa gente bronzeada imitar os calhégas aqui do Oriente Médio e ir pras ruas exigir muitas mudanças e respeito aos seus direitos, dentre eles o aborto legal e público. A lei aqui em Israel é uma coisa super moderna, que espero não seja mudada: qualquer mulher que quiser fazer um aborto, seja qual for a razão, pode fazê-lo sem autorização de pai, nem mãe, nem marido, nem governo, nem polícia nem ninguém. Tem um comitê interdisciplinar que vai avaliá-la, aconselhá-la e tirar suas dúvidas antes da intervenção cirúrgica, mas não há nenhuma lição de moral, interrogatório nem pregação. A mulher é quem decide e pronto. Acho lindo e inacreditável que aqui exista uma lei assim. Resultado: quase não existem mães adolescentes desamparadas que são obrigadas a ter filhos que não conseguem criar e que se tornam pessoas frustradas para sempre. As pessoas só têm filhos quando querem e podem. Não há mais de 1 milhão de mulheres que morrem anualmente por não poderem fazer, em condições adequadas de higiene, o que de qualquer jeito farão se quiserem, pode ter inferno ou cadeia ameaçando que nada vai deter essas mulheres que não querem ser mães e só elas sabem o porquê. Não cabe a NINGUÉM julgar, nem a seus médicos. O doutor Fagundes lá da novela ficou falando que jurou na formatura salvar vidas, mas dar lição de moral e negar ajuda a uma mulher desesperada que pode se entregar a um açougueiro qualquer é o quê mesmo? Não quer fazer o aborto, tem medo de ser preso, etc, tudo bem. Mas deixar a pessoa desamparada sem outra alternativa é, numa tradução direta do hipocritês para o brasileiro, deixar de salvar uma vida.
Se fosse homem que engravidasse, DUVIDO que aborto fosse proibido em algum lugar desse mundo, DU-VI-DO. Como disse um cara que minha amiga ouviu numa oficina essa semana, "se homem engravidasse, a sala de aborto seria dentro da igreja." Essa afirmação é mais que verdadeira, infelizmente.

Homem legislar sobre coisas que apenas a mulher entende é o fim do mundo. Pior que isso só mulheres do tipo da Pilar Vieira lá da novela, com aqueles comentariozinhos machistas "tanta mulher querendo ter filho, e outras não sabem dar valor a esta dádiva". Ah, para, né? 
Até quando, Brasil, até quando????
Acho que um canal de TV deveria ser processado por mostrar uma cena de juízos de valor tão inúteis em cadeia nacional, onde a maciça maioria da população é ignorante, ainda quando sabe ler.

Amor à vida de quem? - parte 1

A novela das 9h há alguns dias teve um capítulo em que o Dr. César (Antonio Fagundes) dava um sermão mega e desfiou todo o seu rosário de moral e bons costumes cristãos sobre uma paciente que veio procurá-lo para fazer um aborto.
A Cláudia Laitano escreveu um artigo excelente a respeito (leiam abaixo) e eu escrevi o meu comentário a respeito do mesmo e do fatídico capítulo (próximo texto do blog).

Coluna01/06/2013 | 08h24 – Zero Hora

Cláudia Laitano: O sermão do médico

Pior do que o silêncio é a abordagem rasa e moralista

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A discussão sobre o aborto é uma gigantesca placa tectônica sobre a qual o Brasil repousa como se fosse esplêndido – e não instável e mal resolvido – o berço de alheamento em que estamos precariamente assentados.

Todos sabem que o problema está lá: uma legislação perversa que, na prática, oferece o olhar condescendente às mulheres com dinheiro e a dureza da lei para quem não tem. Os números gritam. Estima-se que no mundo todo são realizados 46 milhões de abortos por ano, 20 milhões de forma clandestina – em países como Haiti, Somália e Iraque, para citar apenas alguns dos que preferem proibir a discutir o problema. No Brasil, as estimativas chegam a 1,2 milhão de abortamentos/ano.

Ainda assim, fala-se muito pouco sobre o assunto por aqui. Políticos, em geral, não querem nem saber do debate – a não ser perto de eleição, quando candidatos ligados a grupos religiosos aproveitam-se da ocasião para pressionar adversários a se posicionar, o que, em vez de enriquecer a discussão, costuma rebaixá-la ainda mais.

Nós, brasileiros favoráveis à revisão da legislação sobre o aborto, estamos relativamente acostumados ao silêncio cínico, interrompido aqui e ali por vozes isoladas como a do médico Drauzio Varella (“Não há princípios morais ou filosóficos que justifiquem o sofrimento e morte de tantas meninas e mães de família de baixa renda no Brasil”), que trata o assunto como uma questão de saúde pública que não pode ser varrida para baixo do tapete. O resto é (quase sempre) silêncio.

E quando nada parecia pior do que ignorar o assunto, eis que a novelaAmor à Vida (o título não era tão anódino quanto se imaginava, afinal) mostra que tratar o tema de forma rasa e moralista pode ser um desserviço maior ainda. Em capítulo exibido esta semana, o médico interpretado por Antonio Fagundes trai a ciência, o bom senso e o dever profissional aproveitando uma consulta para dar um banho de moral e pregação religiosa na pobre paciente que o procurou para pedir ajuda diante de uma gravidez indesejada.

É compreensível que um médico se recuse a realizar um procedimento ilegal. É compreensível que esse médico seja contra o aborto por convicções íntimas. O que não é admissível, nem na novela das oito, é um médico dar um sermão em uma paciente. Sem contraponto ou chance de debate, a posição contrária ao aborto foi jogada na cara do espectador. Como um tijolo.

Para quem acredita que é impossível falar sobre esse assunto na TV, o desmentido pode estar logo ali, alguns canais adiante. O Canal Viva está exibindo aos sábados, desde o início de maio, a reprise do seriadoMalu Mulher, que, entre outros temas polêmicos ainda atuais, tratou o aborto de forma espantosamente aberta e sem preconceitos. Em 1979. Em pleno governo Figueiredo. No horário nobre da Globo.
O episódio Ainda Não É Hora, com a jovem Lucélia Santos contracenando com Regina Duarte, está disponível no DVD da série. Recomendo fortemente aos mais jovens, que não assistiram na época, e também aos mais velhos, que, como eu, mal conseguem acreditar que, em condições tão adversas, pudesse se produzir no Brasil algo tão lúcido e arejado quanto
 Malu Mulher

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Um parêntese: Game of Thrones

Nem só de novela vive o Noveleira. Além de não perder uma novela das 9 desde 2009, eu ainda tenho tempo (não me pergunte como) para assistir séries, e a minha favorita é Game of Thrones.
Estou na Terceira Temporada e há dois dias quase tenho um troço com o 9° episódio. O que foi aquilo, gente?
Nunca vi uma série ou novela em que a Lei de Murphy fosse tão implacável. O que tem que dar errado, em Game of Thrones dá muito, mas muito errado. Não importa se você é o protagonista, o mocinho, a Lei de Murphy é super includente.
Adoro!
Não vejo a hora de assistir ao episódio final da temporada :D

Botando fé

Estou assistindo ao capítulo do dia 01 de junho (eu sei, estou atrasada), e comecei a gostar muito do casal Leila e Tales. Acho aquele homem um gato, comeria inteiro e repetiria, e acho aquela Leila linda daquele tipo que não dá vontade de parar o olhar.
Aquela coisa de transar no banheiro do museu, o namoro escondido, o interesse da riquinha inocente pelo namorado da nova "amiga", humm, isso parece ter potencial.
A seguir cenas :)